4 de junho de 2009

- Uma homenagem linda, da minha fofuraa Glau.

Sobre a despedida.

- Em nome de quem foi.

Vim dar notícias. Não agüentei ficar sem você. Engraçado, como só depois que a gente se distancia, ou se perde na vida é que valorizamos mais a convivência com aqueles que gostamos tanto. Nesses dias passados, me peguei pensando tanto em nós dois, no que fomos um para o outro e em tudo que vivemos. Sei que deveria ter aparecido a mais tempo. Sei que um ano é muito tempo. Sei que talvez, você não queira me ler. Talvez. [...] Aqui a neve não dá trégua, o frio é convidativo e as pessoas não são você. Não tenho gostado tanto quanto imaginava, mas fora todos os desgostos, a cidade é perfeita. O curso tem sido ótimo e eu tenho me apaixonado cada vez mais por ele. Tenho certeza que fiz a escolha certa. Me refiro ao curso. O restante, não sei mais. A comida não é tão boa quanto a nossa. [Que saudades tenho do nosso tempero.] Eu acho que engordei alguns quilinhos. Ah! Avisa pra minha mãe que vou mandar o que ela pediu na quinta-feira. Deve chegar no tempo certo. Ainda fala com minha mãe? Sabe como estão o Edgar e a Paulinha? Queria tanto ter notícia de todos vocês, mas acho que se tivesse só saberia aumentar a minha saudade. Essa é a parte que menos gosto, o sentir saudades.

[...]

Na verdade, queria falar algumas coisas que não disse há um ano atrás. É que tá engasgado. Difícil de prosseguir, desse jeito. Quando lembro do teu sorriso ao me ver partir enquanto percorria o corredor de embarque, o coração dói. Porque eu não queria ter ido embora no silêncio, eu não queria que ficasse aí sem saber o que minh’alma gritava enquanto o barulho do avião se perdia no caos dos meus pensamentos. Teu abraço ainda vive em mim e tudo que eu mais queria era não ter largado teu corpo naquele instante: quando anunciaram a hora de partir. Eu não queria que você aceitasse tão bem a idéia da despedida e da separação, e acho que ver você sorrir, fez com que meu coração se espatifasse contra a parede, por talvez pensar que amor não era o mesmo. Que talvez, eu tivesse criado história nossa que era só minha. Que talvez tivesse juntado os nossos sonhos, e eles nunca tivessem se tornado um só. Teu sorriso fez com que meu silêncio fosse a única palavra dita naquele dia. Doeu. Muito. Por muito tempo. E ainda dói. O tempo não tem sido um bom companheiro, tampouco ajudado no processo de deixar pra lá. E nessa tempestade de pensamentos lembro do primeiro beijo, da primeira briga e principalmente da primeira reconciliação. Lembro do acidente e de como eu tive medo de perder você pra sempre. Não lembro das dores, nem da cirurgia, mas lembro que você estava lá. Sempre esteve. Lembro da minha felicidade em te ver na escola de música porque sua voz sempre foi a mais doce e perfeita que já ouvi. Aliás, a gravação cantada que você deixou no meu celular quando saí do hospital é o que mais escuto nas minhas horas de tormenta. É que acalma. Tenho você cantando no celular, no mp3, no computador e em CD, pra ouvir de qualquer jeito. É parte sua que não deixo. Nem esqueço. Eu só queria que você soubesse que o amor mora aqui dentro, e que eu ainda te amo como sempre!


[Glau Ribeiro]

- em resposta ao meu texto Sobre a despedida.

5 comentários:

Glau Ribeiro disse...

Aaaaaaaaaaaaaah fofura!

Tá lindo demais da conta! Obrigada por me presentear assim, viu.

O presente foi teu e quem ganhou fui eu, por ter palavras compartilhadas com você rodeando aqui!

A resposta não podia ser outra. Porque eu gosto mesmo são dos finais felizes. ;) c sabe.

Beeeeeejo de saudade!

Glau Ribeiro disse...

Ah! Coloquei no Cotidiano também, pra ficar bunitho igual aqui! ;)

Beeejo!

João Romova disse...

Li esse texto na casa da Glau e repito (e seria pouco dizer isso duas vezes!)

"Um encanto essa leitura. Me identifiquei mais do que queria..."

Eve disse...

Muito obrigada, hein.. Também adorei aqui e tô seguindo.
Beijão.

Janaína Morais disse...

Adoreii o blog.
Adoreii o texto.
Tow te seguindoo..
beeijo.