28 de dezembro de 2010


Mesmo assim eu não esquecia dele.
Em parte porque seria impossível esquecê-lo,
em parte também, principalmente, porque não desejava isso.
É verdade, eu o amava. Não com esse amor de carne,
de querer tocá-lo e possuí-lo e saber coisas de dentro dele.
Era um amor diferente, quase assim feito uma segurança
de sabê-lo sempre ali.

(Caio F. Abreu)

22 de dezembro de 2010

Serenidade.


- Serenidade. Pedi a Deus baixinho. Do jeitinho que diz a oração. Pra enfrentar as coisas que posso mudar, pra suportar as que não posso, e pra saber discernir umas das outras. (...) Serenidade pra escolher o que quero do futuro imediato que está bem ali. Serenidade pro meu coração, pra amar incansavelmente a quem merecer, e pra deixar que o tempo afaste os que não pertecem a esse grupo. Serenidade pra enfrentar os dias dificeis, e sorrir. Pois como meu pai me disse uma vez, são os dias dificeis que nos levam de um dia feliz a outro. Serenidade pra mudar o que preciso e jamais perder a essência. Serenidade pra ver alguém partir, sem que leve junto um pedaço meu. Serenidade...

21 de outubro de 2010


Qualquer coisa que desse um jeito nessa mania que eu tenho de você, nessa agonia que me arranca todas as forças, e sempre que você me olha, me abraça, acaba com todos os planos e projetos de tirar você da minha por completo. Não sei mais o que tentar pra que funcione. Mas sei que eu preciso muito que você, já que não vem, vá embora de uma vez.

26 de setembro de 2010


'Te amo mesmo, talvez pra sempre.
Mas nem por isso eu deixo de ser feliz
ou viver minha vida.'

- Tati Bernadi

24 de setembro de 2010

Entretanto, adeus.



Foi quando ouvi você dizer que tanto faz. Repete! - Eu pedi. Não que eu seja teimosa a esse ponto, de ter que insistir só pra ir de encontro ao que você diz. É que eu não conseguia acreditar que era mesmo aquilo que eu estava ouvindo. Você disse tanto faz. Tanto faz se eu ficar por perto, tanto faz se eu for embora. Tanto faz se vai me perder de vista. Tanto faz se vai me esquecer. Tanto faz se vou encontrar alguém melhor que você. Tanto faz se vou sofrer sozinha. Tanto faz. Eu não sei se era a isso exatamente você se referia. Mas tanto faz pra você, faz toda diferença pra mim! - Não, eu não menti quando disse que daria minha vida inteira pra você, se preciso fosse. Mas sempre existem condições implícitas. E a minha única condição, era fazer alguma diferença. Se tanto faz pra você. Pra mim não faz! E vi você ir embora, e o meu coração dizer baixinho: - Pela última vez. É um adeus.

5 de setembro de 2010

Rascunhos.



Como se eu esperasse o tempo inteiro que um milagre acontecesse. Porque eu acredito em milagres, mas sei também que eles não acontecem pra todo mundo. Como se eu acordasse todos os dias tentando encontrar vestígios de alguma coisa estivesse funcionando. Vasculhando meu coração por todos as brechas, todas as gavetas e portas-qualquer coisa. Mas não encontro nada. Nunca encontro nada que me faça acreditar. Volta e meia eu pego meu celular e te escrevo um sms qualquer do tipo, Não vou conseguir sem você. Não envio. Aperto o botão vermelho e elas se encaminham automaticamente pra pasta rascunhos. Aliás, é pra lá que tem ido tudo... Rascunhos - Sabe aquela coisa que você começa, e aí sem sucesso, você pára e guarda, sem saber ao certo o porquê. Mas guarda, porque talvez um dia você recomece com ele. E talvez funcione. - É assim que tem sido, apenas rascunhos. Rascunhos de amor, de felicidade, rascunhos de um futuro que eu nem sei vai chegar. E que não consigo sequer, saber se quero esperar.

31 de agosto de 2010

Se eu pudesse escolher um único dia da minha vida para não acontecer. Eu tenho dúvida entre o que te conheci e o que você foi embora. Se eu apagasse o dia que você foi embora, você ainda estaria aqui. Mas isso não significa que estaríamos sendo felizes juntos. Talvez se eu apagasse dia que eu te conheci, eu não conheceria o amor como conheci. Do jeito novo que só você poderia ter me mostrado. Talvez eu não tivesse me entregado, e descoberto que amor é mais que sorte, é tempo e investimento. Mas se eu não tivesse te conhecido, eu não precisaria sentir saudade de alguém que você foi e que nunca mais vai ser. Porque talvez você nem fosse. Talvez fosse só uma projeção de tudo que eu sempre precisei encontrar em você. E que de um jeito ou de outro, sempre esteve lá quando eu precisei. Se eu não tivesse te conhecido, eu não estaria aqui de coração machucado, e mais uma vez te escrevendo, sabendo que você não vai ler. E se ler, não vai se importar. Porque você não é mais a metade do tesouro peculiar que foi. A verdade é que eu não tenho mais alternativa a não ser ir embora da sua vida, antes que eu precise ver você ir. Mais ainda do que já foi.

18 de agosto de 2010

Carta.



Estava pensando em você e decidi te escrever esta carta,
não sei se para que você soubesse que eu não te esqueci, ou se para garantir que você não me esquecesse. Os dias voam no calendário. Você não está aqui. Passeio pelos lugares onde sonhamos ir juntos. Você não está aqui. Tudo que vejo é sombra do ontem que ficou. Uma ameaça constante de um amanhã que eu não quero que chegue. Você não entenderia se eu tentasse te explicar. Mas a verdade é que o tempo não perdoa. E você não percebeu.. A minha vida vai devagar, e diferente de tudo o que você conhece. Tantas experiências novas. Gostaria de dividí-las com você. Não aqui te escrevendo e imaginando o seu semblante diante do que digo, mas junto à você, diante o teu sorriso. Satisfeita com os olhares e gestos de empolgação que só você faz. Mas a verdade, é que você não está aqui. Eu queria te dizer antes que tudo isso vire nada, que eu sinto a sua falta. Porque o tempo, eu sei que transforma todo amor em quase nada. Mas sinto sua falta. Sinto falta do teu riso bobo, desse jeito tão seu. Sinto falta de um homem que só você sabe ser. Mas você não está aqui. E eu preciso enfrentar os dias. Porque eles vêm, cada vez mais velozes. Menos misericordiosos. E levam com eles as minhas melhores recordações. Eu fico por aqui. Sabendo que você não vai receber essa carta. Mais uma vez escrevi e não mandei. Talvez um dia você a encontre. Talvez um dia você volte.
Talvez nunca mais.

11 de agosto de 2010



Eu ia começar dizendo que faz tempo que não escrevo nada pra você.
Mas a verdade é que eu escrevo todos os dias.
Onde ninguém chega a ver. Em meu coração.
Eu escrevo, digo e repito o que há de mais profundo em mim,
que de tão imenso, é o que existe de mais exposto.
Tá quase estampado na minha testa. Eu sei. Não tem outro jeito.
Eu finjo que ninguém sabe, pra me sentir mais à vontade, sei lá.
Tão a vontade quanto me sinto quando estou com você.
Onde nada no mundo pode me atingir.
Eu desaprendi a fazer promessas.
Esqueci de jurar que é pra sempre. E acho que agora sim entendo.
Não nos cabe um cronograma. Fomos nós. E ainda somos.
Não sei se você entende. Talvez as coisas tenham mudado em você.
Talvez em mim tudo seja novo. A não ser esse sentimento.
O velho amor, o mesmo de sempre.

3 de agosto de 2010




Sonhei com você. Mas eu não via o seu rosto.
Eu procurava, mas não o via. Chorei.
Chamei o seu nome. Te pedi que aparecesse.
Eu sabia que era você. Estava escuro.
Eu não podia te ver. Mas era você.
Foi quando acordei. Senti medo e chorei.
Eu estava te esquecendo.

21 de julho de 2010


Eu sou feita de sonhos interrompidos, detalhes despercebidos, amores mal resolvidos. Sou feita de choros sem ter razão, pessoas no coração, atos por impulsão. Sinto falta de lugares que não conheci, experiências que não vivi, momentos que já esqueci. Eu sou Amor e Carinho constante, distraída até o bastante, não paro por um instante. Já tive noites mal dormidas, perdi pessoas muito queridas, cumpri coisas não-prometidas. Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar, pensei em fugir, para não enfrentar, sorri para não chorar. Eu sinto pelas coisas que não mudei, amizades que não cultivei, aqueles a quem eu julguei, coisas que eu falei. Tenho saudade de pessoas que fui conhecendo, lembranças que fui esquecendo, amigos que acabei perdendo, Mas continuo vivendo.

- Martha Medeiros.

14 de julho de 2010




E eu ainda tinha muito que te dizer.
Talvez todas as coisas que eu já te disse,
As que eu ainda digo sempre que você me abre um espaço.
A verdade é que eu não tava pronta pra esquecer.
Iventei mil desculpas pra mim mesma,
várias razões pelas quais eu precisava de você aqui perto.
Mas a gente sempre sabe quando é hora de ir embora.
E na verdade, a minha hora até já passou.
Só não sei porque eu ainda não consegui ir.

9 de julho de 2010





De mãos dadas na areia, como se em direção ao fim do mundo.
A sensação do eterno martelava em seus corações.
Não existia nada que fosse capaz de roubar-lhes daquele amor.
A não ser eles mesmos. E foi assim.

6 de julho de 2010

Na moldura.


Foi quando me perguntaram porque a foto de nós dois
ainda tá na velha moldura no meu quarto.

Eu não soube responder.
Assenti com a cabeça, como quem diz: '- Por quê.'

Fiquei pensando então que teria sido esquecimento mesmo. Não foi.
Não foi falta de atenção. Tenho te visto ali todos os dias.
Confesso que pensei em mudar a foto
pra evitar que mais alguém me ferisse com a pergunta.

Mas reparei que nas fotos no meu quarto
moram apenas as minhas saudades sem remédio.

Amigos à km de distância, outros distantes do convívio,
o meu avô que já morreu. E você.

Pensando isso, senti que encontrei a resposta.
Minha Saudade. Deixa ser.

Você continua lá, na mesma moldura no meu quarto.
Na minha vida.



5 de julho de 2010



“Mas passou. Hoje te conto. E lembro daquela história zen, o rei que pediu ao monge um talismã que o protegesse de qualquer mal. O monge deu ao rei um anel, com a recomendação de abri-lo só em caso de extremo perigo. Um dia, o castelo foi cercado pelos inimigos, e o rei encurralado numa torre. Ele abriu o anel. Dentro, havia um papelzinho dobrado. Ele abriu o papelzinho e leu uma frase assim: ‘-Isto também passará’.”

- Caio Fernando Abreu.
“Tem coisas que um dia a gente aprende. Como que, chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, se colocar em primeiro lugar não é egoísmo, e o que não mata com certeza fortalece (por mais que não pareça enquanto dói). Às vezes mudar é preciso, nem tudo vai ser como você quer, a vida sempre continua. Pra qualquer escolha se segue alguma conseqüência, vontades efêmeras não valem a pena, quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Nem todo mundo é tão legal assim, e de perto ninguém é normal. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder pra aprender a dar valor e os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar um amor que acabou, o tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são imediatos (e isso machuca muito). E o passado sempre vai doer, se não de saudade, de arrependimento. E aí, é você quem escolhe.”

22 de junho de 2010



Eu tento descobrir onde fica exatamente a dor,
mas desisto, porque tudo dói.

Estou cansada de viver como se já fosse uma pessoa adulta e madura.
Gostaria de voltar a ser criança,
uma garotinha de seis anos que caiu de bicicleta,

e corre chorando pra cozinha, onde minha mãe me socorreria,
me diria que tava tudo bem
e daria um beijinho pra sarar o dodói..
Essa é uma das coisas que não me ensinaram quando eu cresci,
como lidar com as dores que não saram com um beijinho..

Hoje o acaso me levou de volta ao cenário
de uma das maiores dores que eu vivi.

Quase 6 anos já passaram.
Meu coração as vezes nem sente mais. É verdade.

Andei por aquele lugar calmo, ouvindo o vento batendo nas folhas..
E lendo os nomes daquelas pessoas que perderam suas vidas,
umas cedo, outras mais tarde.

Não consegui ter lembrança de que lugar se encontrava o túmulo dela.
Pedi ajuda a um funcionário do cemitério, que me ajudou a encontrar.
A placa tinha sido trocada, tinha uma foto linda dela lá em cima.
E flores amarelas, recém-colocadas. Ainda cheiravam.
Mas senti o cheiro e o gosto de tanta coisa. De um passado não curado.
De uma dor que nunca consegui comunicar a ninguém.
Ela foi embora tão cedo. Nunca pude entender.
Me sentei ao lado das flores e fiquei pensando em como tudo aconteceu.

Deus ou a vida, ou o destino, alguma força maior.
Não quis que ela continuasse.

Pensei comigo que ela foi privada de se formar, de casar,
de ser mãe, de viajar pra fora do país.

De tantas coisas que eu penso em ainda viver,
e queria muito que ela estivesse do meu lado.

Mas o que consola meu coração é saber que ela foi poupada
de perder as pessoas que ela ama.

De ver amores indo embora, sem maiores explicações.
Ela foi poupada de ter sonhos frustrados.

Foi poupada de chorar a morte da melhor amiga.
Ela era feliz demais pra continuar aqui.

Onde tudo é dor, onde tudo peca por um triz.
Prefiro acreditar que ela esteja num jardim feliz,
sorrindo e pedindo a Deus pra olhar por mim.

Não tem sido fácil ultimamente.
Mas eu preciso continuar. Por que eu ainda estou aqui.

Porque a vida, Deus, o destino, não sei.
Alguma coisa ainda acha que meu tempo aqui não terminou.

Só queria dizer pra ela que sinto saudades, muitas.
Que adoraria poder vê-la, encontrá-la de novo.

Talvez um dia, em algum lugar!
'Você marcou a minha vida, viveu, morreu na minha história.
Chego a ter medo do futuro, e da solidão que em minha porta bate.'

13 de junho de 2010

"Tinha terminado, então. Porque a gente,
alguma coisa dentro da gente,
sempre sabe exatamente quando termina (...)
Uma vontade de cuidar melhor de mim,
de ser melhor para mim e para os outros.
De não morrer, de não sufocar,
de continuar sentindo encantamento
por alguma outra pessoa que o futuro trará,
porque sempre traz, e então não repetir
nenhum comportamento. Ser novo..."

- Caio F. Abreu

24 de maio de 2010

Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto.

- Caio F. Abreu.



E os dias vão se encaminhando.
Vai ficar tudo bem, eu sei!

22 de maio de 2010

O mar nunca esteve tão aflito, uma confusão de ondas que quebravam violentas que vinham altas de longe, e ao ficarem pequenas se misturavam com meus pés perdidos e meu coração desesperado.
Fiquei ali sentada pensando nos dias de sol, nos risos altos, nas aventuras que vivemos, nos dias que passamos juntos, perdi as contas.
Lembrei de todos os meus medos e de todas as suas promessas, de como eu tive certeza de que eram verdadeiras. De como eu me entreguei inteira pra você.
O sal do choro que eu não conseguia conter, amargava na minha boca, tão amarga como meu coração. Eu não consegui mais uma vez, você entende isso?
Poucas pessoas na vida têm a oportunidade de ter um amor. Eu não tive só um. E o perdi todas as vezes. Tô tão insegura quanto naquele dia que você me abraçou e me pediu que confiasse, você lembra? Daquele dia que eu te deixei entrar dentro de mim, e me tirar da dor.
Você me trouxe pra um mundo tão nosso. Não vou me adaptar.
Eu sei que os dias vão passar, e o tempo vai tirar tudo isso do meu coração.
Mas hoje dói. Dói entender que é de verdade, e que talvez seja pra sempre.
Pra sempre é tempo demais pra ficar sem você. Eu não sei.
Mas a gente sempre sabe quando alguém vai embora da nossa vida.

E você foi.
E eu... Eu não vou me adaptar.

9 de maio de 2010

- Incrivelmente linda! - Pensei.
Deve ter tido alguma coisa de magia ali,
qualquer coisa que eu não poderia explicar
que me fez tremer da cabeça aos pés,
meu coração batia tão forte que achei que todos podiam ouvir.
Ela desceu as escadas em minha direção,
com aquele sorriso de sempre, hoje mais bonito.
Qualquer que fosse o sorriso dela, ou de todas as pessoas
hoje estaria mais bonito.
Porque o HOJE é mais bonito em mim.
Porque hoje é o dia, em que ela será minha.
Nunca pensei possessivamente sobre ninguém.
Mas era bom saber que ela seria minha,
sem contestações, sem mais esperas.
E ela chegou ao meu lado, dei-lhe um beijo na testa,
e falei baixinho: - A mulher mais feliz do mundo.. vai ser você.

Ela sorriu, e começamos ali o resto das nossas vidas.

3 de maio de 2010


'Me ensina a não andar com os pés no chão
Pra sempre é sempre por um triz

Ah, diz quantos desastres tem na minha mão

Diz se é perigoso a gente ser feliz.'


Beatriz - Chico Buarque

2 de maio de 2010


Do dia em que finalmente o que você tanto espera acontece, até você ficar realmente satisfeita com aquilo, parece um caminho longo.

Tenho me sentido exausta quanto a tudo isso. Busco forças e recomeço de manhã ao acordar todos os dias. Digo pra mim que vai ser melhor, que vai ser diferente. Pra logo em seguida uma palavrinha qualquer 'sem importância' colocar tudo por água abaixo. Você deve saber que eu tô me esforçando. Você tem vacilado. Muito. Mas eu, talvez precise fechar meus olhos um pouco agora. Não sei se por compreensão ou por consciência de tantas vezes ter vacilado com você, e querer te dar o direito de errar comigo agora. A verdade é que tem doído um bucado aqui. Sua falta de afeto quase constante. E os carinhos que você me dá vezenquando me alimentam, pra logo mais me matarem de fome, de saudade. Eu estou sendo muito paciente conosco. Não digo com você, porque ninguém tá fazendo nada sozinho aqui. Mas tenho tido muito mais amor do que eu pensei algum dia na vida. E você... acho que você nem sabe.

Eu continuo esperando.


23 de abril de 2010

"Me queira bem. Estou te querendo muito bem neste minuto.
Tinha vontade que você estivesse aqui e eu pudesse te mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância, algumas. Fique feliz, fique bem feliz, fique bem. Claro, queira ser feliz.
Você é muito linda e eu tento te enviar a minha melhor vibração de axé. Mesmo que a gente se perca, não importa que tenha que se transformar em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você e para mim."

Caio F.

19 de abril de 2010


''...Descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios.
Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras.
Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...

Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo nem tampouco fora do cultivo. Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras... Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.

A vida requer cuidado. Os amores também.
Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só.
Elas não sabem viver sozinhas... Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá de saber que com ela vão inúmeros espinhos. Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos... ou não.''


Pe. Fábio de Melo

24 de março de 2010



Alguma coisa bem lá no fundo, me dizia que era o fim.
E você veio me dizendo que não dava mais pra continuar.
A primeira sensação foi de uma dor no estômago,
tão forte que vi que amor dói mais que gastrite.
Todas as sensações somáticas possíveis iam e vinham
na minha cabeça e no meu corpo inteiro.
Até que eu resolvi parar. Tentar ser racional,
no meio de tanta intensidade.
Aquietei o coração e pensei sozinha que o fim
não precisa ser como um ciclo hermeticamente fechado.
Pode ser pra nós o começo de uma nova fase,
uma continuação do mesmo ciclo, que é dividido em etapas,
e pra isso, uma precisa suceder a outra.
E é chegado o fim de nós dois.
Ainda não sei o que me espera,
mas quero que saiba que um pedaço do meu coração
vai estar junto do seu, onde você estiver.
Porque eu sei que é amor.
Bons ventos te levem e te tragam mais perto de mim.

26 de fevereiro de 2010


Naquele dia tudo estava diferente. Não diferente do que era.
Mas diferente do que iria ser dali em diante.
Todos os caminhos ganhariam novos rumos.
Não dava mais pra seguir em frente dentro das perspectivas que existiam.
Algo precisava ganhar forma, tudo precisava de cor.
Uma conversa séria, dois corações abertos,
um mundo de lágrimas e sonhos sustentados no desespero.
Um pedido de desculpas, um abraço que abarcaria o mundo inteiro.
um beijo, um carinho.. Uma cama, uma tarde inteira.
E tudo novo de novo.. Mais uma vez, pra sempre...