22 de maio de 2010

O mar nunca esteve tão aflito, uma confusão de ondas que quebravam violentas que vinham altas de longe, e ao ficarem pequenas se misturavam com meus pés perdidos e meu coração desesperado.
Fiquei ali sentada pensando nos dias de sol, nos risos altos, nas aventuras que vivemos, nos dias que passamos juntos, perdi as contas.
Lembrei de todos os meus medos e de todas as suas promessas, de como eu tive certeza de que eram verdadeiras. De como eu me entreguei inteira pra você.
O sal do choro que eu não conseguia conter, amargava na minha boca, tão amarga como meu coração. Eu não consegui mais uma vez, você entende isso?
Poucas pessoas na vida têm a oportunidade de ter um amor. Eu não tive só um. E o perdi todas as vezes. Tô tão insegura quanto naquele dia que você me abraçou e me pediu que confiasse, você lembra? Daquele dia que eu te deixei entrar dentro de mim, e me tirar da dor.
Você me trouxe pra um mundo tão nosso. Não vou me adaptar.
Eu sei que os dias vão passar, e o tempo vai tirar tudo isso do meu coração.
Mas hoje dói. Dói entender que é de verdade, e que talvez seja pra sempre.
Pra sempre é tempo demais pra ficar sem você. Eu não sei.
Mas a gente sempre sabe quando alguém vai embora da nossa vida.

E você foi.
E eu... Eu não vou me adaptar.

2 comentários:

VanessaBatiista;* disse...

Nunca coloque um ponto final nem se desespere, poque pode ser apenas mais uma VIRGULA!

http://aodapoltrona.blogspot.com/ disse...

ah vai se adaptar sim.

você fez isso antes, lembra?

tou querendo ser otimista. às vezes funciona.